segunda-feira, 25 de julho de 2011

O que não é felicidade

Depois do susto com a notícia da morte de Amy Winehouse, e de uma revoada de notícias sobre a carreira, a vida degradada, o envolvimento com drogas, fiquei chocado com um noticiário no domingo a noite. A respeito da própria Amy, o jornal recordava a passagem que a cantora teve pelo Brasil no início do ano. Achei até estranha para não dizer triste a forma com que a repórter descreveu essa passagem.
Antes de declarar o absurdo, vi cenas que mostravam uma mulher com uma voz poderosa, mas com o espírito fraco e debilitada que caía no palco ao tentar mostrar um passo ou que trocava a garrafa de água pelo microfone e que volta e meia era segura por um dos seus dançarinos no palco. Depois dessas cenas a repórter declarou que apesar de tudo isso Amy parecia feliz. Ela parecia feliz no Brasil.
O termo felicidade nunca foi um termo fácil de ser definido, mas certamente podemos saber o que não o define e as cenas que vi retratam exatamente a exceção. Chego a me perguntar em que momento a repórter se baseou para descrever tamanho descalabro. Talvez pela cantora estar menos agressiva, ou por ter saído a sacada e acenado aos fãs. Talvez por não ter ocorrido tantas polêmicas na sua passagem pelo país.
No mais temos muito a lamentar a morte da Amy, não por ser uma grande cantora e sim, simplesmente por ser um ser humano e que infelizmente foi tragada pela droga e pela infelicidade.
O talento dela é simplesmente um detalhe.
Que Deus console sua família e acalente as dores sentidas nesse momento de profunda tristeza.

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