sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Porque nos apaixonamos por lugares

Uma das minhas maiores paixões é viajar. Uma sensação leve de sair da rotina, poder compartilhar momentos especias junto a quem amamos. Conhecer novas praças, nova gente, jeitos diversos, sotaques e culturas. Tive a felicidade de me unir a uma mulher que também compartilha dessa paixão. Juntos conhecemos cidades maravilhosas, outras nem tanto. O grande ingrediente das viagens, é, sem dúvida, a companhia. Se o lugar não é tão aprazível, ao menos, você tem com quem chorar ou rir ao seu lado.
Mas tem um lugar especial que me encanta os olhos desde que fiz pela primeira vez uma viagem com meu avô. É a Chapada Diamantina. Não consigo lembrar quantas vezes fui a Chapada. Perdi literalmente as contas. Fui com todo tipo de gente, levado por todo tipo de meio de transporte. Fui a noite, pela manhã, pela tarde. Por vezes fui apreciando a estrada outras com o pé no acelerador.
Já cheguei a rodar na estrada, passei por trombas d´água, andei ao todo centenas de quilômetros pelas trilhas. Já vi gente reclamando de subir umas escadas depois de eu ter visto o maior fenômeno natural da minha vida. Já vi gente sintonizada com o ambiente e outros que diziam que só tinha pedra naquele lugar.
Vi bandinhas de sopro, vi atrações culturais nas praças das cidades, vi pessoas humildes. Vi gente que me conheceu no mesmo dia me chamar para conhecer sua casa e sua família me oferecendo um verdadeiro banquete: palma cozida, arroz, feijão, ensopado de bode, salada de verdura, farofa de mandioca; um verdadeiro manjar.
É por essas e outras tantas que me apaixonei pela Chapada. Suas cidades históricas são um convite a um passeio bucólico, que respira arte, respira sabores e belezas naturais. Gosto de todas as atrações, mas não há como descrever a sensação de subir o Pai Inácio. Pegar o finalzinho da tarde, o sol se pondo. Sentir a brisa de cima do relevo, olhar para o nada, e se transportar por quilômetros, como que um pássaro que só tem o vento como jaula.
Talvez todo o descrito não seja agente primordial para explicar a vontade de voltar sempre a Chapada. A paixão não pode ser explicada somente por esses elementos. Existe muito mais. O algo mais que infelizmente não sei como descrever.
Só indo para conhecer e se apaixonar.

Um comentário:

  1. E ai doutor, quanto tempo.

    Só assim descubro que tem twitter e blog, bom, depois dá uma passada no meu:

    www.porraman.com

    Abração!

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