segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Não com Cara de Sim

Uma vez ouvi de uma diretora de Recursos Humanos que nós deveríamos dizer um não com cara de quem diz sim. Um não com cara de sim: fiquei pensando naquilo.  Ela expusera a  frase tentando impactar os funcionários e suavizar a relação existente na organização, buscando relações mais humanas e uma forma menos rude em negar alguma coisa a alguém.Achei interessante aquela proposta e passei a me esforçar em seguir aquele conselho, principalmente agora que tenho uma filha para educar.
Não somos condicionados a dizer não. Dizer não gera embate, gera negação, gera conflito. Hoje temos menos capacidade de dizer não principalmente a pessoas que amamos. Temos problemas ao dizer não aos nossos filhos. Não é por acaso que vemos filhos mais mimados e menos educados. Filhos desajustados, sem limites e propensos a fracassarem no primeiro não.
Se temos uma situação em que ficamos menos tempo com nossos filhos, pelo que será que optamos: pelo fácil sim, sem obstáculos, sem conflitos, ou pelo difícil não com agruras e caras feiras? Nossa tendência é buscarmos preencher o espaço que não ocupamos pelo simples fato de tentar compensar aqueles momentos com horas agradáveis e evitar somente o descabido.
Vejo os dias de hoje como um desafio para convivência entre nós. Educar hoje é tarefa muito mais dura do que outrora. Passamos mais tempo trabalhando do que com a nossa família. Esses momentos devem ser usufruídos com sabedoria. Eu passei a minha vida observando a relação entre pais e filhos e até criticando e hoje estou com a tarefa de pôr em prática. É um desafio e tanto.
Peço todo dia a Deus sabedoria para mim e para minha mulher para lidarmos com nossa filha.
Estou buscando me especializar a cada dia na difícil tarefa de dizer não com cara de sim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário