Uma vez ouvi de uma diretora de Recursos Humanos que nós deveríamos dizer um não com cara de quem diz sim. Um não com cara de sim: fiquei pensando naquilo. Ela expusera a frase tentando impactar os funcionários e suavizar a relação existente na organização, buscando relações mais humanas e uma forma menos rude em negar alguma coisa a alguém.Achei interessante aquela proposta e passei a me esforçar em seguir aquele conselho, principalmente agora que tenho uma filha para educar.
Não somos condicionados a dizer não. Dizer não gera embate, gera negação, gera conflito. Hoje temos menos capacidade de dizer não principalmente a pessoas que amamos. Temos problemas ao dizer não aos nossos filhos. Não é por acaso que vemos filhos mais mimados e menos educados. Filhos desajustados, sem limites e propensos a fracassarem no primeiro não.
Se temos uma situação em que ficamos menos tempo com nossos filhos, pelo que será que optamos: pelo fácil sim, sem obstáculos, sem conflitos, ou pelo difícil não com agruras e caras feiras? Nossa tendência é buscarmos preencher o espaço que não ocupamos pelo simples fato de tentar compensar aqueles momentos com horas agradáveis e evitar somente o descabido.
Vejo os dias de hoje como um desafio para convivência entre nós. Educar hoje é tarefa muito mais dura do que outrora. Passamos mais tempo trabalhando do que com a nossa família. Esses momentos devem ser usufruídos com sabedoria. Eu passei a minha vida observando a relação entre pais e filhos e até criticando e hoje estou com a tarefa de pôr em prática. É um desafio e tanto.
Peço todo dia a Deus sabedoria para mim e para minha mulher para lidarmos com nossa filha.
Estou buscando me especializar a cada dia na difícil tarefa de dizer não com cara de sim.
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